Com quatro máquinas de costura doadas para a confecção de máscaras à população indígena, no pico da Covid-19, sete mulheres dos povos Witoto, Kambeba, Tariana e Murá se unem pela vida e compartilham seus saberes étnicos, os grafismos de seus povos, cores e cortes. Assim, nasce o coletivo de estilistas indígenas da marca Derequine, no quintal da casa de Vanda Witoto, que agora já faz parte do circuito de moda nas passarelas da Amazônia. As peças produzidas pelo ateliê visam o fortalecimento da cultura indígena e o despertar da ancestralidade, através de roupas e acessórios repletos de significados, e que se unem ao nosso corpo-território.
Em três anos de história, a iniciativa tornou-se uma fonte de renda para essas mulheres, com vendas das peças pelas redes sociais, exposições, feiras e nas muitas visitas de pessoas de todo o Brasil e do mundo ao quintal de Vanda. Há muitas mulheres desempregadas e mães solos no Parque das Tribos, e várias delas são artesãs, com saberes que foram ensinados pelas suas avós e bisavós.
O projeto de ampliação do Ateliê Derequine, com sede, atendimento e cursos de capacitação, é uma possibilidade de ascensão socioeconômica e potencialização dos talentos das mulheres indígenas de baixa renda, e cumprirá uma finalidade econômica, social e cultural para a comunidade. Derequine quer dizer “formiga brava” na língua witoto e traz a força da mulher amazônida. As formigas saúvas que deram início a esse sonho durante um momento difícil de suas vidas, agora querem crescer o formigueiro.
Fortalecimento das identidades dos povos indígenas da Amazônia e promoção do acesso aos seus direitos fundamentais.
Site oficial de Instituto Witoto. CNPJ 53.519.845/0001-54. Todos os direitos reservados. Feito por Ariel Chacur