O canto e a dança são sagrados para a cultura indígena. Através dos encontros coletivos, dos movimentos do corpo, do balanço de seus maracás e chocalhos, das palavras e sons, os povos originários se conectam com a espiritualidade e sua ancestralidade. No entanto, essa importante tradição vem se perdendo em comunidades indígenas urbanas, com a dinâmica da vida social, as dificuldades de sobrevivência e a negação de suas identidades, pelo simples fato de viverem na cidade. Percebendo esse processo de apagamento, a ativista Vanda Witoto, junto com várias mulheres indígenas do Parque das Tribos, se uniram na retomada de seus cantos ancestrais, dentro e fora da comunidade, com encontros que reúnem diversas etnias e apresentações públicas que já chegaram até o Teatro Amazonas. Na terra, no asfalto e nos palcos, o grupo canta e dança, em resistência pela vida.
O sonho de Ruaringo é escrever suas próprias músicas na língua Witoto, o povo do centro da terra, e lançá-las nas plataformas de streaming, além da gravação de clipes, com estratégias de distribuição que cheguem nas comunidades, mas que também toquem o coração da população não indígena, despertando suas raízes ancestrais, através da arte. Os Witoto acreditam que o canto esfria o coração da terra e dos homens, despertando-os para a espiritualidade.
Fortalecimento das identidades dos povos indígenas da Amazônia e promoção do acesso aos seus direitos fundamentais.
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